O Congresso foi a figura verdadeira de Stalin, no relatório lido por Nikita, traçando com todas as pinceladas da verdade, pelos membros russos que o conheceram. Dizia que, nos últimos 25 anos de sua vida, esse homem, encerrado no Kremmlin, sem um olhar para as aldeias russas, para uma fábrica e seus operários. Sem um olhar para o exército de quem era generalíssimo e sem uma visita, sequer,às frentes de batalhas, aliás, inúmeras, que esse exército travou em seu nome! Vivia em um mundo irreal, fictício de estatísticas manipuladas, filmes de propaganda mentirosos, vendo inimigos por todos os lados, tratando os membros do Presidium Supremo, como se fossem seus lacaios. Os Julgamentos eram manipulados por ele; assinava e conferia imensas listas negras de seus imaginários inimigos, a quem mandava para a tortura e para a morte, através de seu braço que era a NKDV. Essa NKDV torturava e extraia falsas confissões, sob tortura, das pessoas mais inocentes! E Ele, Stalin, em sua loucura delirante, fumando ópio e vivendo, por trás de densas nuvens de sua própria hipocrisia e ópio e traçando sua biografia, com pinceladas delirantes da loucura que o tomara!
Esse é o retrato de Stalin que emergiu do relatório feito pelas pessoas que o conheceram e que foi lido por Nikita nesse Congresso! Imaginem o pasmo e o horror de que o povo russo foi tomado! Durante a sessão a portas fechadas, no último dia do congresso, Kruschev criticou asperamente a política stalinista, denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e seus colaboradores. O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda estavam convencidos da grandeza de Stalin. Após um longo debate, o discurso veio a se tornar público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989.
Em 23 de fevereiro de 1956 Nikita kruchev ataca a veneração a Josef Stalin como culto da personalidade.
Em 23 de fevereiro de 1956 Nikita kruchev ataca a veneração a Josef Stalin como culto da personalidade.
